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Viver na vitrine: quando tudo em nós precisa parecer certo

Há mulheres que vivem como se estivessem sempre sendo observadas.
Não por escolha, mas por hábito. Ou melhor: por sobrevivência.

Elas cresceram em ambientes onde parecer certa era mais importante do que se sentir viva. Onde a aprovação vinha junto da performance, e o afeto, com a condição de não dar trabalho.

Com o tempo, elas aprendem a se apresentar bem.

A sorrir quando o corpo está exausto.
A dizer que está tudo bem mesmo quando não está.
A se adiantar antes que alguém perceba algo fora do lugar.
A cuidar da casa, da agenda, da vida dos outros.

A se responsabilizar por tudo o que pode, e até pelo que não pode.

São mulheres que viram o amor ser confundido com controle.
Que aprenderam a medir palavras, gestos, roupas, posturas.

Mulheres que, por dentro, se sentem pesadas, mas que por fora…
estão sempre funcionando.

Elas vivem na vitrine.
E a vitrine é limpa, bem iluminada, mas solitária.
Ali, tudo parece bonito. Mas nada pode se quebrar.

Quem vive na vitrine teme o erro.
Treme diante da falha.
Se encolhe quando precisa pedir.
E se culpa até por precisar descansar.

Muitas vezes, nem percebem que estão ali.
Porque esse modo de existir se tornou o único possível.

Até que algo — ou alguém — revela que há vida do lado de fora.

Às vezes é um vínculo mais livre.
Às vezes, uma nova relação.
Às vezes, o próprio cansaço de manter as aparências.

E então, aos poucos, surge a pergunta:
O que acontece quando eu deixo a vitrine?

O que acontece quando eu deixo que vejam as rachaduras?
Quando admito que não sei tudo, que não dou conta de tudo, que também preciso?

Essa pergunta assusta. Mas também pode libertar.

Sair da vitrine não significa perder o valor.
Significa lembrar que o valor não está no desempenho.

Está na existência. No sentir. Na possibilidade de ser inteira — com falhas, com dúvidas, com pausas.

Talvez você ainda esteja dentro. Talvez esteja com uma perna fora e outra dentro.

Talvez tenha saído e volte de vez em quando, porque o medo ainda bate.

Mas se você sente que está pronta para viver fora da vitrine, saiba:
Você não está sozinha.
E há vida do lado de cá.

Vida de verdade.
Com imperfeição, com liberdade, com afeto que não cobra perfeição para ficar.

✨ Se você sente que está cansada de viver na vitrine, talvez seja hora de construir novos caminhos.

Aqui no Dona da Sua História, busco criar espaços de reflexão para mulheres que desejam se escutar mais, com menos cobrança e mais verdade.

💛 Você pode começar pela nossa newsletter, Cartas Para Si Mesma, ou explorar o diário Saindo da Vitrine, um caderno afetivo para quem deseja sair do modo de sobrevivência e criar um jeito mais gentil de viver.

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